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Licenças ambientais para recuperação da água da Lagoa da Pampulha são aprovadas

Apesar do avanço, obras de captação de resíduos da Copasa, que estavam previstas para terminar neste mês só ficarão prontas em junho de 2016

As licenças ambientais de implantação e de operação da recuperação química das águas da Lagoa da Pampulha foram aprovadas por unanimidade pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam). O licenciamento ambiental é necessário antes da assinatura da ordem de serviço que pretende garantir a revitalização do espelho d’água da lagoa, cujo investimento será de R$ 30 milhões em um prazo de 22 meses. Dois produtos químicos serão usados com o objetivo principal de acabar com o fósforo presente no reservatório e, consequentemente, diminuir o índice de cianobactérias, algas e alguns metais pesados. Especialistas elogiam o procedimento, mas temem que o investimento seja desperdiçado caso a entrada de esgoto no reservatório não seja bloqueada de forma drástica. Previstas inicialmente para serem concluídas neste mês, as obras da Copasa de captação dos resíduos que chegam à lagoa só ficarão prontas em junho de 2016, devido à desistência da empresa que tocava o serviço.

Como existe a expectativa de que em 10 meses sejam alcançados níveis de qualidade da água que se enquadrem na classe 3 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), se os trabalhos começarem em janeiro ou fevereiro é possível que antes da saída do prefeito Marcio Lacerda, cujo mandato se encerra em dezembro do ano que vem, seja possível colher os primeiros resultados. Na classe 3 são permitidas atividades em que o contato com a água é esporádico e a possibilidade de ingerir o líquido é pequena, como no iatismo, por exemplo. “Não temos necessidade de correr para terminar nada na atual gestão, mas, de qualquer forma, a despoluiçãoé para ser feita o quanto antes. Nenhuma administração investiu tanto nesse propósito quanto a nossa”, afirma o vice-prefeito de BH e secretário de Meio Ambiente, Délio Malheiros.

Depois dos 10 meses de atividades na primeira fase, o consórcio Pampulha Viva, composto das empresas CNT Ambiental, Millenniun Tecnologia Ambiental e Hydroscience, deverá desenvolver ações para assegurar que esses níveis de qualidade sejam, no mínimo, mantidos por mais 12 meses, totalizando quase dois anos de trabalho. Se a classe 2 for alcançada, os padrões do Conama permitem, inclusive, natação e mergulho. Segundo a Sudecap, a tecnologia usada se baseará em dois produtos principais. O primeiro é o Phoslok, que vai agir diretamente para inibir o principal nutriente limitante da lagoa, o fósforo. A consequência imediata será a diminuição do índice de cianobactérias na água, algas, clorofila-A e alguns metais pesados. O segundo produto terá um caráter complementar e é batizado de Enzilimp. Ele será usado para atuar na redução dos coliformes e na Demanda Bioquímica de Oxigênio (DOB).

A prefeitura espera recuperar a qualidade das águas da lagoa, garantindo o reequilíbrio do ambiente aquático, que estará livre da proliferação de algas e com maior concentração de oxigênio.

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