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Empresas brasileiras levam soluções às cidades árabes

Mario Araújo Costa, da consultoria Maccon, que intermediou o início das conversas entre Ruga e o governo dos Emirados, afirma que a situação dos Emirados é caótica

A feira, World Future Energy Summit, realizada nesta semana em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, atraiu mais de 16 mil visitantes, entre investidores, que procuravam novas tecnologias para aplicar seus recursos, e empresários (de companhias de menor porte) interessados em vender suas inovações. Apesar de ser um evento direcionado para a energia renovável, a grande concentração de pessoas chamou a atenção de empreendedores de outros setores.

André Ruga, diretor da Enzilimp, é um exemplo. Brasileiro com pouco mais de 40 anos, Ruga veio à feira para oferecer seu produto, um microorganismo que acelera o processo de degradação dos dejetos de esgotos. “Viemos à feira para prospectar novos clientes e mostrar o nosso produto”, conta o diretor da Enzilimp. “Nós já estamos conversando com o governo dos Emirados para começar a aplicar a nossa enzima no esgoto de Dubai”, comenta Ruga que afirma que já realizou quatro reuniões com os árabes. Segundo ele, Dubai, que é repleto de prédios de última geração, tem problemas de esgoto. “As estações de tratamento de esgoto de Dubai estão saturadas e eles precisam de uma solução rápida, como é o caso da aplicação da nossa enzima”, garante.

Mario Araújo Costa, da consultoria Maccon, que intermediou o início das conversas entre Ruga e o governo dos Emirados, afirma que a situação dos Emirados é caótica. “O problema deles e muito sério. As estações de tratamento de esgoto estão saturadas, havendo um problema gravíssimo de despejo dos dejetos no deserto e no mar; é um problema emergencial e em função disso estamos visualizando um potencial de demanda muito grande”, comenta Costa.

No Brasil, a Enzilimp, fornece o microorganismo para diversas estatais de saneamento, conforme informou Ruga. “Já trabalhamos com as companhias de saneamento do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro”, afirma. “Também fornecemos a nossa enzima para a Petrobras, Camargo Corrêa e outras empresas privadas”, completa Ruga. Explica que o interesse do governo dos Emirados Árabes é o de poder reciclar a água. Apesar de ser um país riquíssimo em petróleo, os sete Emirados sofrem com a escassez de água potável. “O custo de água para eles é muito elevado e o nosso produto, por meio da biotecnologia, permite que a água seja naturalmente tratada, porém em um processo mais acelerado mais que o normal.”

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